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Processo TO - 12 de Dezembro, 2022

#175 [GAI] Perturbação do Espectro do Autismo

  • Nota: Este GAI apresenta o Autismo como uma perturbação de desenvolvimento. Reconhecemos as limitações de apresentar o autismo dessa forma e reconhecemos as vantagens de considerar Autismo dentro de uma perspectiva de neurodiversidade não-patológica, na qual nos revemos. Podes encontrar links para leituras interessantes sobre neurodiversiade e autismo no final deste GAI.
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  • A Perturbação do Espectro do Autismo é uma diferença de neurodesenvolvimento, caraterizada por défices na interação social recíproca, na comunicação verbal e não verbal, assim como pela presença de comportamentos e interesses restritos e/ou estereotipados. Trata-se de uma perturbação complexa e diversificada, que se manifesta pela combinação de vários sintomas, num contínuo de comprometimento de maior ou menor intensidade, daí a utilização do termo “espectro”. Muitas vezes é usado o termo genérico autismo, quando se quer fazer referência à PEA.
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  • Quais são as principais características da PEA?
  • – Limitação na reciprocidade social ou emocional;
  • – Dificuldade no uso de comportamentos não verbais, como contato ocular, expressão facial, gestos;
  • – Reduzida tendência para partilhar prazeres ou interesses com os outros;
  • – Incapacidade para desenvolver relações com os seus pares, adequadas ao seu nível de desenvolvimento;
  • – Atraso ou ausência no desenvolvimento da linguagem oral, não sendo este acompanhado por tentativas de compensar através de gestos ou mímica;
  • – Dificuldade em iniciar ou manter uma conversação;
  • – Défice no jogo simbólico e na imitação;
  • – Linguagem repetitiva ou idiossincrática (uso peculiar e próprio de palavras, só entendido pelo próprio ou por familiares muito próximos);
  • – Movimentos corporais estereotipados e repetitivos (ex.: andar em bicos de pés, abanar as mãos, etc.);
  • – Interesses absorventes, fixos e invulgares;
  • – Adesão inflexível a rotinas não funcionais, comportamentos verbais e não verbais ritualizados;
  • – Preocupação absorvente com partes ou qualidades sensoriais de objetos ou uso repetitivo e estereotipado dos mesmos;
  • – Hipo ou hiper reactividade ou comportamentos sensoriais atípicos (aparente insensibilidade à dor/frio/calor, resposta exacerbada a sons ou texturas, cheiro ou toque excessivo em objetos).
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  • O que causa a PEA?
  • Nas últimas décadas e principalmente nos últimos anos, a pesquisa científica na área da PEA tem sido imensa. Contudo, ainda pouco se sabe sobre a verdadeira causa da PEA, existindo vários estudos e teorias. 
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  • Atualmente, é quase unânime a opinião dos especialistas quanto à sua origem multifatorial e heterogénea, devendo ser considerada uma combinação de fatores genéticos, o que vai conduzir a uma variação na apresentação comportamental da PEA. Existirá, segundo alguns autores, uma base genética, responsável pela suscetibilidade para a perturbação, ocorrendo sobre esta, a ação de fatores ambientais, que poderá ser favorável ou desfavorável.
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  • Outros estudos salientam também que é possível encontrar alguns traços ligeiros de PEA em familiares próximos, sublinhado também a componente hereditária. A maior parte dos estudos científicos conclui também que se trata de uma perturbação do neurodesenvolvimento com uma disfunção orgânica cerebral subjacente.
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  • Quais os critérios atuais de diagnóstico?
  • As características da PEA estão descritas em sistemas de classificação, como o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, ou seja, Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais da American Psychiatric Association (APA)) ou o CID (Manual de Classificação Internacional das Doenças). O sistema mais usado pelos clínicos é o DSM.
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  • Até 2013, eram usados os critérios de diagnóstico do DSM-IV-TR, sendo estes os seguintes:
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  • – Défice na comunicação;
  • – Défice na interação social;
  • – Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos, repetitivos e estereotipados.
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  • No DSM-IV-TR existiam cinco sub-tipos de Perturbações do Espectro do Autismo – Perturbação Autística, Perturbação de Asperger, Perturbação Desintegrativa da 2ª Infância, Perturbação de Rett, Perturbação Global de Desenvolvimento sem outra especificação. Contudo, com a introdução do DSM-V, passa a existir um só diagnóstico correspondente à PEA, sendo usados critérios de severidade, de acordo com a variabilidade de sintomas: leve, moderado ou grave. A Perturbação de Rett é excluída da PEA (passa a ser considerada uma entidade própria), devido à sua base genética conhecida.
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  • Contudo, em maio de 2013, foi lançado na reunião anual da APA (American Psychiatric Association (APA)), nos Estados Unidos da América, o DSM-V, que veio trazer algumas mudanças. Com este passam a existir apenas dois grupos de critérios de diagnóstico para a PEA:
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  • – Défices persistentes na comunicação social e interação social, em vários contextos (no qual estão incluídas as perturbações na comunicação, interação social, dificuldades na imaginação);
  • – Padrão de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, nos quais se inserem as respostas sensoriais atípicas de hiper e hipo reactividade.

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