AVDs - 1 de Abril, 2024
#11 Observaçōes de AVDs em crianças dos 0-5 anos
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Ocupações na terapia ocupacional:
- A Terapia Ocupacional é uma área que foca na importância das ocupações na saúde, identidade e competência dos indivíduos, grupos ou populações, oferecendo atividades diárias que trazem sentido e propósito à vida.
- Ocupações são definidas como as atividades que as pessoas realizam individualmente, em família ou com comunidades, que são necessárias, desejadas ou esperadas. Estas são personalizadas e significativas, envolvendo a participação em eventos da vida diária que têm propósito, significado e utilidade percebidos pelo cliente.
- O envolvimento em ocupações é influenciado por fatores contextuais e pela interação entre padrões de desempenho, competências de desempenho e características do cliente.
- A Terapia Ocupacional categoriza as ocupações em nove grandes áreas:
- – Atividades da Vida Diária (AVDs)
- – Atividades da Vida Diária Instrumentais (AVDIs)
- – Gestão da saúde
- – Descanso e sono
- – Educação
- – Trabalho
- – Brincar/jogar
- – Lazer
- – Participação social
Atividades da vida diária
- As Atividades de Vida Diária (AVDs) são atividades orientadas para cuidar do próprio corpo e realizadas por rotina.
- As AVD’s em crianças podem incluir tarefas básicas como vestir-se, alimentar-se, realizar a higiene pessoal, e também atividades mais complexas, como participar em jogos sociais, realizar tarefas escolares, e envolver-se em atividades de lazer ou desporto. Estas são fundamentais para o desenvolvimento da autonomia e a formação da identidade individual.
- A importância de promover a autonomia nas AVDs nestas idades reside no fato de que, ao aprender e realizar estas atividades de forma independente, as crianças desenvolvem capacidades motoras, cognitivas e sociais essenciais.
Ambiente – Facilitadores e barreiras:
- O desempenho das crianças nas Atividades de Vida Diária (AVD’s) é profundamente influenciado pelos facilitadores e barreiras presentes no ambiente. Este, que engloba fatores físicos, sociais e culturais, pode tanto apoiar como restringir a capacidade das crianças de realizar as atividades de vida diária de forma autónoma e eficaz.
- O impacto dos facilitadores e obstáculos ambientais no desempenho das AVD’s é significativo. Um ambiente bem estruturado e dotado de recursos adequados pode estimular o desenvolvimento de competências importantes, tais como a alimentação autónoma, o vestir-se, a higiene pessoal e outras tarefas quotidianas. Em contraste, um ambiente com obstáculos pode limitar o desenvolvimento dessas mesmas competências, afetando negativamente a autonomia e a independência da criança.
- Os parágrafos abaixo fornecem dicas gerais para a observação de facilitadores, barreiras do contexto e desempenho em diversas atividades de vida diária. Podem ajudar-te a saber o que observar para reunir a informação adicional que precisas para a tua avaliação.
- Clica em cada idade para veres o que observar.
- Observe a criança com o cuidador durante o banho, o vestir, a mudança da fralda; a criança ajuda de alguma forma, por exemplo, deita-se imóvel durante as trocas da fralda ou empurra o braço através do orifício da camisola? Observe o posicionamento e a facilidade com que as atividades de cuidados são concluídas; quando os pais expressam preocupações com a alimentação, observe a alimentação com o biberão ou a amamentação; observe o posicionamento, a coordenação da sucção e deglutição, e outras capacidades motoras orais durante a alimentação; observe a utilização de copos, alimentação com os dedos e uso de colheres a partir de cerca dos 12 meses; observe o posicionamento durante o repouso/sono.
- Observe a criança com o cuidador durante o banho, o vestir, a mudança da fralda; quanto é que a criança ajuda ou resiste? Observe o posicionamento e a facilidade com que as atividades de cuidados são completadas; a criança indica a necessidade de trocar a fralda ou mostra interesse no treino da casa de banho? Observe-a a beber com copo/chávena quando os problemas são evidentes, a alimentação com as mãos e com a colher; observe o posicionamento, capacidades motoras orais, nível de independência durante a alimentação; observe o posicionamento durante o repouso/sono; observe a mobilidade funcional/ capacidade de se mover ou explorar o ambiente, recuperar objetos; capacidade de alcançar, agarrar, segurar e manipular objetos; observe o cuidador a transportar a criança quando são levantadas preocupações, por exemplo, como o cuidador transporta a criança para e da cadeirinha do carro, carrinho de bebé e ao colo.
- Observe o nível de independência e o tipo de assistência necessária para a alimentação, vestir-se, tomar banho, usar a casa de banho, e se são estabelecidas rotinas regulares para tomar banho, vestir-se, comer/refeições, dormir; observe o nível de segurança e independência com a mobilidade, tal como caminhar, correr, subir escadas, entrar e sair da banheira, e deslocar-se dentro do ambiente natural da criança; observe o uso funcional dos membros superiores para agarrar, segurar, carregar, e manipular objetos para tarefas de brincar e autocuidado; quando relevante, observe a capacidade da criança de participar em atividades pré-escolares típicas, tais como sentar-se calmamente num grupo durante 10-15 minutos, seguir instruções, e seguir uma rotina de sala de aula.
- Como foi referido acima; considere a quantidade de tempo, energia, nível e tipo de assistência necessária para a criança completar as tarefas de autocuidados; a criança demonstra iniciativa adequada nas tarefas de preparação, banho e vestir, tais como escovar os dentes? A criança faz um bom trabalho nas atividades de banho/arranjar-se? A criança seleciona o vestuário apropriado para o clima ou contexto? A criança come de forma a satisfazer as normas socioculturais ou as expectativas? Note se a criança e o(s) prestador(es) de cuidados parecem satisfeitos com o desempenho da criança nestas áreas.
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