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Processo TO - 12 de Dezembro, 2024

#334 Modelo de Playfulness

  • O Modelo de Playfulness desenvolvido por Anita Bundy é um conceito central na sua abordagem para a compreensão do brincar e a sua relevância no desenvolvimento infantil. Bundy como terapeuta ocupacional enfatizou a importância de olhar para o brincar não apenas como uma atividade, mas como uma experiência subjetiva e multidimensional.
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  • Bundy descreve o brincar como um “estado de espírito” que é mais importante do que a atividade específica em si. Assim, define “playfulness” (podendo ser traduzido como espírito do brincar) como uma abordagem intrinsecamente motivada, que emerge quando a criança:
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  • – Está motivada pelo prazer intrínseco: Brincar é feito pelo prazer e pela diversão, sem um objetivo funcional ou externo imposto.
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  • – Sente que tem controlo sobre a situação: A criança escolhe como participar, exercendo autonomia na atividade.
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  • – Suspende a realidade: Há uma liberdade criativa para explorar o imaginário e fazer com que a atividade transcenda as normas do quotidiano.
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  • Segundo Bundy, estes três fatores são interdependentes e estão sempre presentes no playfulness.
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  • A motivação intrínseca, como a mestria ou a pura sensação de movimento, é o(s) aspeto(s) da atividade em si que proporciona(m) motivação para o indivíduo se envolver numa atividade.
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  • A perceção de controlo é o sentimento de “estar no comando” das suas ações em, pelo menos, alguns aspetos do resultado da atividade. Por outras palavras, o jogador tem escolha sobre as suas ações e pode tomar decisões durante a atividade.
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  • A liberdade de suspender a realidade significa que a criança toma decisões sobre a proximidade entre o contexto do jogo e a realidade objetiva.
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  • A contribuição conjunta dos três elementos é equilibrada e determina o resultado de um outro continuum que vai do playfulness ao não-playfulness. Além disso, o enquadramento, que é a capacidade de quem está a brincar dar pistas aos outros sobre a forma como estes devem agir em relação a ele, é importante para o jogo e para a brincadeira. Um bom jogador deve ser capaz de dar e ler pistas sociais verbais e/ou não verbais.
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  • Este modelo sugere que os terapeutas utilizem uma avaliação observacional de 60 itens, como o Teste de Playfulness para examinar sistematicamente o playfulness das crianças. Este modelo também visa ajudar os terapeutas a avaliar as atividades nas sessões de tratamento.
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  • Bundy enfatiza que o brincar tem um papel central no desenvolvimento infantil e na terapia ocupacional. O Modelo de Playfulness é utilizado para:
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  • Promover o desenvolvimento social e emocional.
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  • – Estimular competências motoras e cognitivas.
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  • – Ajudar crianças com dificuldades de desenvolvimento a explorar ambientes e interações de maneira mais positiva.
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  • As intervenções baseadas nesse modelo concentram-se em criar ambientes ricos em oportunidades para brincar e promover experiências de sucesso para a criança.
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  • O modelo de Bundy destaca que brincar não é apenas um comportamento, mas um estado mental que pode ser incentivado e cultivado. O modelo de Playfulness oferece uma base teórica para compreender a importância do brincar em diferentes contextos e promove uma visão holística do desenvolvimento infantil.
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  • Em resumo, o Modelo de Playfulness de Anita Bundy é uma ferramenta poderosa para compreender o brincar como uma experiência complexa, mas essencial, no desenvolvimento infantil. Sublinha também a necessidade de apoiar as crianças em todas as dimensões – interna (personalidade e competências), externa (ambiente) e contextual (atividade).
 
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  • Test of Playfulness (ToP)

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  • Para medir o nível de playfulness em crianças, Bundy desenvolveu o Test of Playfulness (ToP). Este instrumento avalia a brincadeira em termos de:
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  • – Participação social: Como a criança interage com os outros no contexto do brincar.
  • – Foco da criança: O nível de atenção e interesse na atividade lúdica.
  • – Flexibilidade: A capacidade de adaptar e improvisar no brincar.
  • – Expressividade emocional: Como a criança demonstra emoções positivas durante a brincadeira.
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  • O ToP é usado por terapeutas ocupacionais e educadores para identificar barreiras ao brincar e desenvolver intervenções apropriadas.
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  • Tipo:

  • Modelo (Conceptual)
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  • População:

  • Crianças
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  • Incapacidade:

  • Todos
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  • Domínio da Ocupação:

  • Brincar
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  • Nota de aplicação: 

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  • Uma vez que o brincar é diferente de outras ocupações primárias, este modelo sugere que pode ser mais importante avaliar o Playfulness do que o desempenho do indivíduo.
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  • Referência chave:

  • Bundy, A. C. (1997). Play and playfulness: What to look for. In L. D. Parham & L. S. Fazio (Eds.), Play in occupational therapy for children (pp. 52-66). St. Louis, MO: Mosby-Year Book Inc.
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  • Ano de publicação:

  • 1997
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  • Autor principal:

  • Anita Bundy

     

  • anita.bundy@colostate.edu

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