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Trabalho - 23 de Setembro, 2022

#152 Guia para empregos menos comuns em terapia ocupacional

  • Provavelmente, não existe um terapeuta ocupacional que não tenha pensado em fazer uma pausa no que toca à intervenção com os utentes. A vida acontece – pode surgir alguma lesão ou condição de saúde que obrigue ao afastamento de algo que ama fazer, ou pode, simplesmente, sentir-se cansado/a de ser um terapeuta ocupacional tradicional e querer uma mudança. Os compromissos relacionados com a família ou com a comunidade também podem mudar ao longo dos anos, o que pode afetar tanto o seu desejo como a capacidade de trabalhar em contexto clínico. E, no entanto, às vezes só queremos aprender algo de novo.

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  • O ponto é: a vontade de mudar para uma carreira de terapia ocupacional não tradicional – temporária ou permanentemente – é normal!
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  • Felizmente, existem inúmeros cargos que poderá realizar com a sua licenciatura em Terapia Ocupacional. Apesar de não ser tão comum “dar o salto” para um cargo menos convencional no ramo da terapia ocupacional, não é considerado como algo inédito.
  • Quanto maior for a quantidade de pessoas a conseguirem dar este “salto”, mais fácil será para os outros fazerem o mesmo e é por esse motivo que decidimos incluir, no final deste artigo, alguns destaques relacionados com o tema – não se esqueça de dar uma vista de olhos nos muitos terapeutas ocupacionais que trabalham noutros contextos que não o clínico.
  • São precisos terapeutas ocupacionais que representem a nossa profissão de formas menos convencionais, uma vez que isso ajuda, tanto o público em geral, como a comunidade médica, a compreenderem quem somos, bem como aquilo que somos capazes de fazer e como a nossa licenciatura e seguintes especializações nos prepararam convenientemente para todos os papéis de liderança!
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  • Como tal, a boa notícia é que realmente existem oportunidades lá fora! Por outro lado, a notícia menos boa é que irá precisar de utilizar alguma estratégia de forma a encontrar essas mesmas oportunidades, pelo menos comparativamente com a procura de empregos em contexto clínico na terapia ocupacional. Decidimos criar este guia para que possa iniciar este processo e, assim, ajudá-lo/a a encontrar os melhores recursos que precisa para dar o passo até ao contexto não-clínico.
  • O presente artigo irá permitir que seja efetuada uma avaliação da sua situação, providencia, também, listas de empregos específicos disponíveis e apresenta, ainda, casos de terapeutas ocupacionais que foram capazes de “dar o salto” para outros contextos.
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  • O que é um trabalho não tradicional na Terapia Ocupacional?
  • A propósito do tema deste artigo, “não tradicional refere-se a qualquer coisa que esteja fora daquilo que é considerado convencional no papel de terapeuta, nomeadamente no que diz respeito ao processo de intervenção realizado com os utentes. Empregos de escritório, de vendas, na área da ergonomia ou da avaliação da qualidade no trabalho e tecnologia assistida, são considerados como empregos “não tradicionais” (ou fora do contexto clínico, não convencionais) neste artigo. Terapeutas ocupacionais que trabalham por conta própria, intervenção precoce e outros tipos de funções semelhantes não são consideradas como “não tradicionais”, tendo em conta o objetivo do artigo em si.
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  • Avaliar a sua situação
  • Uma mudança na profissão não é algo que o afeta apenas a si. Os seus familiares, companheiros ou até os amigos poderão sentir o impacto que a sua mudança acarreta.
  • É fulcral considerar até que ponto a mudança fará sentido para si, tendo em conta que alguns destes cargos requerem uma especialização adicional, enquanto que outros requerem uma autodisciplina considerável ou a disposição para receber um corte elevado na remuneração mensal, de modo a poder entrar na área.
    Responder com um “não” às questões que se seguem, não significa que se fechem as portas dos empregos menos tradicionais na Terapia Ocupacional para si. No entanto, responder “sim” a uma ou mais questões, ampliará as suas opções.
    Deseja, realmente, deixar a intervenção com os utentes?
    Algumas pessoas julgam querer deixar a intervenção terapêutica, mas o que realmente pretendem é ver-se livres de maus chefes, empresas desonestas ou expectativas de produtividade irrealistas. Faça uma autorreflexão a si próprio/a ou entre em contacto com um careerou lifecoach, de forma a tentar perceber melhor aquilo que mais se adequa no seu caso.
  • É definitivamente aconselhável que os recém-licenciados, ou pessoas que trabalharam apenas num determinado contexto, considerem se devem ou não dedicar mais algum tempo à intervenção com os utentes, antes de trocar de contexto. Não é algo necessário, mas fará com que se sinta psicologicamente mais empenhado/a quando sentir que realmente esgotou todas as opções no que diz respeito ao contexto clínico, antes de tentar algo novo.
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  • É possível, para si, deslocar-se?
    Nem todos estes empregos requerem uma recolocação, mas muitos sim. Por exemplo, os cargos relacionados com vendas e desenvolvimento de negócios, de um modo geral, exigem a cobertura de um determinado território, o qual poderá estar situado longe do seu local de residência. Por sua vez, existem alguns cargos em empresas de tecnologias que podem permitir um trabalho à distância, caso tenha sorte. Contudo, na maioria dos casos, irão exigir que se desloque para cidades distantes de onde atualmente reside.
  • Considera a possibilidade de ganhar menos dinheiro?
    Muitos cargos fora do contexto clínico, na terapia ocupacional, não proporcionam tanto lucro como o próprio contexto clínico, ou, pelo menos, não numa fase inicial. Após alguns anos de sacrifício, é possível que atinja o mesmo nível de rendimentos que um terapeuta ocupacional que exerce a profissão em contexto clínico, no entanto, nem sempre é assim. Os cargos relacionados com vendas, geralmente, pagam mais comparativamente com os cargos de contexto clínico, mas este é um caso a pensar quando planear a sua mudança.
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  • Será capaz de “digerir” o risco de ter uma discrepância na sua remuneração?
    Como já foi mencionado acima, as considerações financeiras são reais. Se está a pensar fazer uma “career ombre” – onde é feita uma transição, de forma gradual, para um novo cargo, em vez de fazer uma mudança drástica – poderá ganhar algum dinheiro como registador/a, ou através de prestações de serviços diários como terapeuta ocupacional, enquanto estiver a fazer a transição. Caso realize um “salto” brusco para um cargo menos comum, esteja ciente que é possível ter uma disparidade significativa no que refere ao seu vencimento aquando do retorno à universidade, à procura de emprego, entre outras situações.
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  • Tem tempo e dinheiro adiantados para poder investir num certificado ou em novas especializações?
    Esta é uma questão importante. Se pretende mudar para uma função diferente da que faz atualmente, necessitará, certamente, de aprender novas capacidades e desenvolver novas competências. Existe a possibilidade de realizar cursos on-lineou explorar programas de universidades comunitárias que estejam localizadas perto de si, mas ambas as opções exigem um investimento, tanto do seu dinheiro, como do seu tempo.
  • Não se importa de começar com pouco?
    Um dos maiores desafios que a mudança para uma carreira não convencional de terapia ocupacional acarreta, é o sentimento de ser-se um peixe pequeno num grande lago. Como profissionais clínicos, geralmente sentimo-nos bastante confortáveis relativamente às nossas competências clínicas, mesmo que não detenhamos o conhecimento sobre tudo. Mas o facto de se ser novo numa determinada empresa e ter de utilizar novos atributos, pode acabar por se tornar numa experiência bastante humilde. Pode ser estranha a sensação de começar a autoidentificar-se como um outro profissional que não um terapeuta ocupacional.
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  • Está preparado/a para ouvir muitas questões?
    Os seus colegas de trabalho irão questionar, os seus futuros empregados também irão questionar e você irá questionar-se a si próprio o seguinte:
    · Por que é que estou a fazer isto?
    · Como é que irei arcar com as despesas?
    · Por que é que tirei o curso de Terapia Ocupacional, se agora decido deixar de lado a intervenção terapêutica?
    Custa quando uma decisão que, por si só, já foi difícil de tomar, é ainda questionada dessa forma. Mantenha a confiança em si próprio/a, está a fazê-lo porque se encontra suficientemente entusiasmado/a para começar algo novo.
    Mesmo que uma doença ou lesão tenha sido o impulso para dar este passo, explique isso a si mesmo e aos outros, com confiança e disposição para o que está por vir. Após ter cumprido com a sua parte, essas mesmas pessoas irão surgir com frequência para pedir a sua ajuda e, assim, poderem fazer o mesmo.
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  • Explorar diferentes opções/ganhar experiência antes de deixar o seu emprego
    Uma das partes mais difíceis de deixar a intervenção terapêutica, é perceber o que fazer a seguir e é nesta fase que, trabalhar em conjunto com um career oulife coach, pode servir de grande ajuda. Um orientador vocacional, ou career coach, irá ajudá-lo/a a definir quais os cargos adequados para si, tendo em conta a sua personalidade e os seus valores. Por sua vez, um life coach irá auxiliá-lo/a a manter a sua decisão a longo prazo.
  • Mantenha contacto com uma rede de outros profissionais que não exerçam a sua profissão em contexto clínico
    Até se tornar mais comum, o truque para “aterrar” num emprego fora do contexto clínico como terapeuta ocupacional, é manter uma rede de contactos com outros profissionais. Aqui estão algumas formas de começar a integrar-se na comunidade:
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  • Imprimir alguns cartões de visita
    Coloque o seu nome, o seu título profissional e o endereço de e-mail pessoal à disposição para qualquer momento em que possa conhecer pessoas novas em eventos, hackathonsou até mesmo durante as happy hours!
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  • Tirar uma fotografia de rosto profissional
    Uma fotografia de rosto é uma forma fácil de começar a estabelecer a sua marca pessoal. Poderá utilizá-la na sua página do LinkedIn, nas suas bylines e no seu perfil nos grupos de redes de profissionais. Eu, Sarah, decidi tirar uma fotografia profissional nas fases iniciais do meu websitee, sinceramente, facilitou a minha vida. Sinto que qualquer empresa com a qual trabalhe, pede, a dada altura, a minha fotografia.
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  • Adira aos seguintes grupos no Facebook:
    • Occupational Therapy Entrepreneurs é administrado por Sarah Lyon.
    • Non-Clinical PT Connections é administrado por Meredith Castin e está aberto para todos os profissionais da área da reabilitação!
    • Non-Clinical Job Postings for Rehab Professionals também como administradora, a Meredith.
    • Holistic Occupational Therapy é um grupo de terapeutas ocupacionais com uma paixão e vontade enormes de encontrar formas de integrar as suas aptidões como terapeutas ocupacionais e medicina complementar. Este fator fez com que vários profissionais decidissem aventurar-se em cargos de terapia ocupacional menos convencionais.
  • Identifique problemas que gostaria de ver resolvidos
    Se conseguir desenvolver um conjunto de competências que ajudem na resolução de um determinado problema que as pessoas apresentem – e que seja um problema que goste de corrigir – irá tornar-se extremamente comercializável.
    Por exemplo, a maior parte dos terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas têm uma grande dificuldade no que toca a vender os seus serviços e poucos têm experiência relativamente às redes sociais ou ao marketingdigital. No caso de se tornar num(a) especialista em vendas, ou caso aprenda os detalhes das estratégias das vendas online, eventualmente irá destacar-se facilmente numa função na qual se encontra a comercializar os serviços dos profissionais de reabilitação.
    No meu caso (Sarah), o meu hobbyde escrever um blogde terapia ocupacional tornouse numa carreira assim que mudei a minha mentalidade, pois em vez de olhar para o meu websitecomo um passatempo divertido, cheguei à conclusão que estava a fornecer informações relevantes para os meus colegas terapeutas ocupacionais, uma vez que estava a resolver um problema, ao preencher as lacunas nas informações sobre as carreiras de terapia ocupacional disponíveis online.
    Tornei a resolução desta problemática como a minha prioridade principal e fui em busca das competências que iria precisar para resolver esta questão:
    • Li sobre o copywriting;
    • Aprendi como construir um website;
    • Estudei a forma como os meus artigos poderiam encaixar com as questões que as pessoas colocavam.
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  • Começar a ganhar algum dinheiro
    A não ser que tenha muita sorte e consiga o primeiro emprego não convencional de terapia ocupacional ao qual se tenha candidatado, a transição do seu atual emprego para outro menos convencional será, certamente, um processo moroso. No caso de enveredar o cargo de escritor, designer, ou qualquer outra coisa, depois de já ter estabelecido as suas competências básicas, uma ótima maneira de começar é optar por realizar trabalhos de cariz autónomo.
  • Empregos Fora do Contexto Clínico da Terapia Ocupacional que Pode Consultar
    São vários os caminhos que a sua carreira como um terapeuta ocupacional não convencional pode tomar, pelo que destacamos alguns dos cargos mais comuns:
  • 1. Escrever
    Enveredar pela escrita é uma das transições mais fáceis que poderá realizar, mas terá que estar disposto/a a despender bastante tempo e é possível que sinta um bom corte nos seus rendimentos, numa fase inicial. No entanto, escrever é espetacular, por ser uma atividade flexível, sendo que poderá fazê-lo em qualquer lugar e tornase bastante fácil se for algo que já seja natural para si. Saberá, rapidamente, se é um desses casos.
  • Como lá chegar:
    A primeira coisa que irá precisar como escritor, é ter algo seu publicado online. Poderá começar o seu próprio blogou poderá, também, aceder a determinados websites, a fim de obter bylines. Uma bylineé a atribuição de autoria de um artigo e, por vezes, pode ser acompanhada da foto do autor e uma curta biografia do mesmo. O seu primeiro byline será o mais difícil de obter.
    Aqui seguem alguns exemplos:
  • Considere entrar em contacto para que possa escrever uma publicação como convidado/a acerca do seu tema ou publicação favoritos.
    Assim que tiver um artigo publicado em seu nome, poderá começar a utilizar sites como o Upwork.com para começar a trabalhar como freelancer e a contrato.
  • Caso pretenda obter mais informações, veja este guia completo sobre a transição de profissional clínico, para copywriter.
  • 2. Educação
    O mundo da educação está cheio de oportunidades para terapeutas ocupacionais. Pode tornar-se um professor, um tutor, um formador, entre outros.
  • Como lá chegar:
    Dado o número de percursos que uma pessoa pode seguir dentro da área da educação, não há, na verdade um percurso exclusivo para lá chegar. Um dos passos será, definitivamente, contactar a associação de alumni da sua escola para perceber se há algo que possa fazer para criar contactos e colocar o seu nome “no mercado”.
  • Também deverá melhorar o seu curriculum-vitae de forma a refletir qualquer papel de investigação, tutoria, assistência de laboratório ou instrução clínica que tenha tido durante os tempos de estudante. Se mudou de carreira, quaisquer papéis de liderança ou formação que tenha tido anteriormente são também importantes.
  • Pesquise por companhias como like MedBridge, OccupationalTherapy.com, e Embodia Academy; se tiver bastante experiência num nicho clínico talvez consiga ensinar um curso com eles!
  • Consulte também a entrevista da Drª Arameh que fala do seu percurso até à terapia ocupacional académica.
  • 3. Consultoria
    Os terapeutas ocupacionais são especialistas na usabilidade de materiais e objetos, e dessa forma, estão extremamente bem posicionados para assumir papeis de consultoria que envolvem segurança no local de trabalho, problemas de design para a acessibilidade, e remoção de barreiras nos parques, escritórios e complexos residenciais.
    O céu é o limite no que toca a consultoria, por isso, pense de que forma as suas capacidades específicas podem servir as necessidades dos outros.
    Lembre-se, se conseguir encontrar uma forma de resolver o problema de outra pessoa, você será muito requisitado.
  • Como lá chegar:
    Esta é uma daquelas vezes em que terá que sair para a rua e voluntariar-se e fazer contactos tanto quanto possível. Quando houver uma nova construção na sua área (principalmnte de pequenos projetos como parques infantis ou edifícios municipais), aproxime-se, entre em contacto com os responsáveis e ofereça os seus serviços de forma gratuita. Depois liste as suas experiências no seu curriculum-vitae.
  • 4. Profissionais de Segurança em Casa
    Se gosta de trabalhar com novas pessoas a toda a hora, poderá gostar de trabalhar na modificação de casas (também conhecido por home safety). Este papel é ideal para terapeutas ocupacionais que têm olho para identificar potenciais perigos e barreiras em casa das pessoas.
    Passará os seus dias a escrutinar ambientes e contextos, para depois fazer recomendações e assegurar que as casas estão livres de perigos e que têm medidas de prevenção de lesões, adequadamente colocadas.
  • Como lá chegar:
    Se está a pensar seguir esta direção, dê uma olhada na Home Modification OT Alliance! Fazer contactos é também essencial. Imprima os seus cartões de visita com as suas credenciais de terapeuta e especializações de relevância e desloque-se a eventos com construtores e designers de casas.
  • Por falar em certificação, poderá também certificar-se, para adicionar legitimidade à sua formação base. Claro, a formação de base em TO é suficiente, mas aquelas letras extra a seguir ao seu nome são importantíssimas para o marketing. Aqui estão algumas opções:
  • Se não tem certeza se quer comprometer-se com uma certificação, pode explorar o nicho de ergonomia através da subscrição na MedBridge.
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  • https://agesafeamerica.com/certifications/
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  • https://www.aota.org/Education-Careers/Advance-Career/Board-Specialty-Certifications/EnvironmentalModification.aspx
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  • https://homemods.org/echm/index.shtml
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  • Conclusão:
  • É possivel. Há pessoas a fazê-lo. E, honestamente, nós precisamos de mais terapeutas ocupacionais a pensar em formas não-tradicionais de servir os nossos clientes.
    Olhar para a sua carreira e conjunto de capacidades de forma criativa, pode-lhe permitir ajudar mais pessoas do que aquelas que seria possível na intervenção 1:1 (de um para um).
  • Espero que este artigo tenha contribuído para ajudá-lo/a a encontrar passos contretos para iniciar a procura de novas oportunidades por explorar.
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  • Retirado e adaptado de: https://otpotential.com/blog/non-traditional-ot-jobs

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