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Educação - 16 de Setembro, 2022

#148 Essenciais da Motricidade Fina

  • A motricidade fina envolve o uso dos músculos mais pequenos das mãos, tal como acontece quando precisamos de abotoar camisas e/ou casacos, abrir fechos ou utilizar lápis e tesouras. A eficiência da motricidade fina influencia significativamente a qualidade do resultado final de uma tarefa, bem como a velocidade da realização da mesma. Adequadas competências de motricidade fina, implicam um vasto número de competências independentes, que funcionam em simultâneo no momento de manipular um determinado objeto ou desempenhar uma tarefa.
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  • As competências de motricidade fina são essenciais no que diz respeito à execução das atividades do dia-a-dia, como é o caso de tarefas relacionadas com os autocuidados (por exemplo: pentear, abrir a lancheira, lavar os dentes, utilizar talheres, entre outros) e aptidões académicas (por exemplo: capacidade para desenhar, escrever e pintar, além de recortar e colar). Sem habilidades necessárias para concluir estas tarefas diárias, a autoestima de uma criança será prejudicada e o seu desempenho escolar poderá ficar comprometido. Estas crianças podem, ainda, ser incapazes de desenvolver a autonomia esperada no que se refere às atividades de vida diária.
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  • QUAIS OS COMPONENTES NECESSÁRIOS PARA PODER DESENVOLVER A MOTRICIDADE FINA?
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  • Integração Bilateral: Uso simultâneo das duas mãos, sendo que uma das mãos deverá ser a dominante. Por exemplo, abrir a tampa de um frasco com uma mão, enquanto a outra ajuda a estabilizá-lo.
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  • Cruzar a linha média: A capacidade de cruzar uma linha imaginária que vai desde o nariz da criança até à pélvis e que divide o corpo em dois lados, o esquerdo e o direito.
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  • Força da mão e dos dedos: A capacidade de exercer força e oferecer resistência a uma força contrária, ao utilizar as mãos e os dedos, promovendo a utilização da força muscular necessária para exercer movimentos controlados.
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  • Coordenação oculo-motora: A aptidão para processar as informações recebidas pelos olhos e poder, assim, controlar, orientar e direcionar as mãos durante o desempenho de uma tarefa, como é o caso da escrita manual.
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  • Dominância manual: O uso consistente de uma mão para o desempenho de uma determinada tarefa, permite desenvolver competências mais especializadas.
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  • Dissociação dos dedos: Utilizar apenas o polegar, o indicador e o dedo médio para manipulação, deixando o anelar e o dedo mínimo na região palmar, para fornecerem estabilidade aos 3 primeiros dedos.
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  • Manipulação de objetos: Capacidade de manipular com destreza vários objetos, como é o caso de segurar e mover lápis e tesouras com controlo e, ainda, o uso controlado de objetos utilizados no dia-a-dia da criança (escova de dentes, escova do cabelo e talheres, p.e.).
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  • Consciência Corporal (Propriocepção): Informação que o cérebro recebe a partir dos nossos músculos e articulações, de forma a tornar-nos conscientes quanto à nossa posição corporal, bem como o movimento do corpo, para que possamos controlar com precisão os nossos movimentos.
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  • Quando uma criança apresenta comprometimentos na motricidade fina, também pode demonstrar dificuldades com:
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  • Comportamento: Podem evitar ou recusar-se a participar em atividades que exijam motricidade fina.
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  • Frustração com tarefas de coordenação visuo-motora minuciosa.
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  • Evita realizar certas tarefas: A criança prefere nomear o outro para realizar tarefas que exijam motricidade fina em vez dela, do que ser a própria a fazê-las (por exemplo: “Papá, desenha-me uma casa” ou “constrói um foguete”, com recusa a fazê-lo).
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  • Mostrar as suas capacidades académicas: Ser verbalmente muito habilidoso/a, mas ter dificuldade em passar isso para o papel (ou seja, escrever, desenhar ou colorir).
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  • Autoestima: Quando a criança compara as suas próprias capacidades com as dos seus colegas.
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  • Desempenho académica: A facilidade com que um aluno é capaz de concluir tarefas académicas.
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  • Conhecimentos de informática: A capacidade de usar convenientemente um computador, para fins académicos.
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  • O QUE PODE SER FEITO PARA MELHORAR AS COMPETÊNCIAS AO NÍVEL DA MOTRICIDADE FINA?
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  • Dominância manual: Determinar qual é a mão dominante e reforçar o seu uso no desempenho de tarefas que exijam mais precisão.
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  • Integração bilateral: Praticar o uso simultâneo das duas mãos para executar tarefas e não apenas uma.
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  • Isolamento dos dedos: Praticar tarefas nas quais a criança utilize apenas um ou dois dedos e não todos ao mesmo tempo.
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  • Força das Mãos e Dedos: Melhorar a força dos dedos ao brincar com molas ou clipes.
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  • Experienciar: Incentivar a criança a retirar prazer da participação nas diversas atividades, em vez de se concentrar apenas num resultado “bem-sucedido”.

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