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A Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) é uma diferença de neurodesenvolvimento, caraterizada por défices na interação social recíproca, na comunicação verbal e não verbal, assim como pela presença de comportamentos e interesses restritos e/ou estereotipados. Trata-se de uma perturbação complexa e diversificada, que se manifesta pela combinação de vários sintomas, num contínuo de comprometimento de maior ou menor intensidade.

Nas últimas décadas e principalmente nos últimos anos, a investigação científica na área da PEA tem sido vasta. No entanto, ainda se sabe muito pouco sobre a verdadeira causa da PEA. Atualmente, é quase unânime a opinião dos especialistas quanto à sua origem multifatorial e heterogénea, devendo ser considerada uma combinação de fatores genéticos, o que vai conduzir a uma variação na apresentação comportamental da PEA. A opinião unânime sugere que a suscetibilidade à PEA é influenciada por uma base genética, correndo sobre esta, a ação de fatores ambientais, que poderá ser favorável ou desfavorável. A hereditariedade é apontada como um componente relevante, sendo possível encontrar traços ligeiros da perturbação em familiares próximos. A maioria das investigações científicas converge para a conclusão de que a PEA é uma perturbação do neurodesenvolvimento com disfunção orgânica cerebral subjacente.

A Terapia Ocupacional desempenha um papel crucial na intervenção nas Perturbações do Espectro do Autismo, procurando desenvolver competências específicas nas crianças e adaptar o ambiente de forma a facilitar a participação das mesmas nas diferentes atividades e contextos do seu dia a dia.

As crianças com PEA apresentam desafios complexos nas várias áreas de ocupação, nomeadamente, nas Atividades da Vida Diária, Sono e Descanso, Educação, Brincar, Lazer e Participação social.

 

Descarrega o nosso PDF sobre o tema. Nele, encontrarás alguns dos problemas ocupacionais comuns que as crianças com Perturbações do Espectro do Autismo podem apresentar.