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Processo TO - 19 de Junho, 2024

#57 Data-Driven Decision Making

  • A Terapia Ocupacional tem evoluído significativamente ao longo dos anos, com a incorporação de abordagens baseadas em evidências que visam melhorar a eficácia e a precisão das intervenções terapêuticas.
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  • O Data Driven Decision Making (DDDM; Schaaf, 2015) é um processo de raciocínio clínico sistematizado, usado por terapeutas ocupacionais, que se baseia na recolha e interpretação de dados para guiar a tomada de decisão na avaliação e intervenção centrada no cliente (Faller et al., 2015; Schaaf, 2015).
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  • O DDDM tem sido sistematicamente usado na prática da terapia ocupacional e na Ayres Sensory integration®, em diversos estudos e protocolos de intervenção, tornando-se, cada vez mais, indispensável para a prática e investigação da TO-IS (Faller et al., 2015; Hunt, Van Hooydonk, Faller, Mailloux, & Schaaf, 2017; Schaaf, Benevides, et al., 2014; Schaaf & Mailloux, 2015).
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  • Esta ferramenta providencia um quadro de raciocínio do processo da terapia ocupacional, organizando-o numa série de passos que visam organizar e guiar o raciocínio do terapeuta ou investigador:
Data driven Decision making

Processo Data-Driven Decision Making

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  • Os passos 1 a 8 organizam-se de forma coerente e progressiva, de maneira a conduzir o utilizador e começando por:
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  • Passo 1: Identificar as Forças e os Desafios à Participação da Criança

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  • Identificar as forças e os desafios à participação da criança, onde se espera que o terapeuta ocupacional descreva o atual nível de funcionamento da criança, para cada desafio que é apresentado.
  • Identifique os fatores que poderão estar a afetar a sua participação nas atividades de vida diária, não só através da sua história desenvolvimental mas igualmente por discussões com a criança, família, professores e outros membros relevantes.
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  • Passo 2: Conduzir uma avaliação Compreensiva

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  • Conduzir uma avaliação compreensiva, standardizada e sistematizada, utilizando instrumentos específicos para avaliar os fatores que potencialmente afetam os desafios ocupacionais. As escolhas das ferramentas de avaliação deverão ser baseadas na informação recolhida no passo 1 e guiada pelo raciocínio clínico do terapeuta e a perspetiva teórica.
  • Os resultados da avaliação são sumarizados e guiam o desenvolvimento de hipóteses. Neste passo o terapeuta deverá conseguir identificar as forças e as barreiras à participação, definir os fatores individuais e ambientais que podem ser usados para suportar a participação e aqueles que podem ser barreiras a uma participação de sucesso.
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  • Passo 3: Gerar Hipóteses

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  • Gerar hipóteses específicas tendo em conta os fatores que afetam o sucesso da participação, recorrendo aos resultados da avaliação.
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  • Passo 4: Desenvolver e Priorizar Objetivos

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  • Desenvolver e priorizar objetivos, de participação nas ocupações, em conjunto com a família, e sempre que possível, com a criança.
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  • Passo 5: Identificar medidas de Resultados

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  • Identificar os resultados proximais e distais que serão usados para monitorizar o progresso em direção aos objetivos traçados.
  • Os resultados proximais serão as medidas de avaliação usadas para monitorizar a evolução dos fatores identificados como tendo um impacto na participação. Por exemplo, pobre processamento vestibular, dificuldade de planeamento motor, hiperreatividade tátil.
  • Já os resultados distais serão as medidas de avaliação usada para monitorizar as competências e comportamentos onde se espera provocar uma mudança. Por exemplo,  como diversificar alimentação, pintar dentro das linhas, participar nas rotinas escolares, entre outros.
  • Estes resultados estão diretamente relacionados com os desafios à participação e os objetivos traçados previamente.
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  • Passo 6: Definir o Contexto de Intervenção

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  • Planear a intervenção. Para isso, o terapeuta terá que desenvolver e explicar, à luz do conhecimento científico atual, as atividades e estratégias utilizadas, de forma a que possam ser replicadas. Terá igualmente que documentar a frequência, intensidade e o tempo de ocorrência destas atividades e estratégias.
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  • Passo 7: Conduzir a Intervenção

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  • Conduzir a intervenção e, em cada sessão desenvolvida, recolher, organizar e analisar os dados obtidos com gráficos, tabelas e/ou outros.
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  • Passo 8: Medir Resultados e Monitorizar Progressos

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  • Medir resultados e monitorizar o progresso. Modificar as hipóteses e a intervenção sempre que os dados obtidos o exijam. Para isso, podem ser requeridas avaliações adicionais para aprofundamento ou substituição das hipóteses.
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  • Desta forma, o DDDM de Roseanne Schaaf representa um avanço significativo na prática da Terapia Ocupacional, proporcionando uma estrutura clara e baseada em evidências para a tomada de decisões clínicas. Ao integrar a recolha e análise de dados no processo terapêutico, os terapeutas podem oferecer intervenções mais precisas e eficazes, melhorando os resultados e a qualidade de vida dos seus clientes.
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  • Este modelo não só beneficia os clientes, mas também fortalece a profissão de Terapia Ocupacional, demonstrando um compromisso com a excelência e a melhoria contínua.

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