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Processo TO - 17 de Abril, 2024

#18 Características comuns da dispraxia

  • A dispraxia é um distúrbio neurológico que afeta a capacidade de planear e coordenar movimentos físicos. Este distúrbio, frequentemente identificado durante a infância, pode impactar significativamente o quotidiano das crianças, afetando a sua capacidade de realizar tarefas do dia a dia, atividades escolares e interações sociais. Para terapeutas ocupacionais pediátricos, compreender a dispraxia e as suas implicações é essencial para desenvolver estratégias eficazes de intervenção que apoiam o desenvolvimento e a inclusão destas crianças.
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  • A dispraxia pode variar em gravidade e manifestar-se de várias formas, incluindo dificuldades com competências motoras grossas, como correr e saltar, competências motoras finas, como escrever e abotoar roupas, de perceção, entre outras. Estas dificuldades podem levar a desafios significativos na escola, onde a escrita manual, a educação física e outras atividades práticas são comuns. Além disso, crianças com dispraxia podem enfrentar obstáculos na realização de tarefas diárias simples, como vestir-se, alimentar-se e organizar os seus materiais escolares.
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  • De seguida podes ver uma lista com algumas das características comuns nas crianças com dispraxia:
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  • Dificuldades nas competências motoras grossas (corpo inteiro):

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  • – Atraso em atingir os marcos de desenvolvimento normais como gatinhar, sentar, andar, falar.
  • – Dificuldades para correr e saltar em comparação com os seus pares.
  • – Leva mais tempo para iniciar o movimento quando é apresentada uma nova tarefa, pois precisa de tempo para processar e planear (por exemplo, exige uma exposição mais longa a uma nova atividade para aprender a executá-la).
  • – Pode parecer sujeito a acidentes (por exemplo, tropeçar com frequência, esbarrar contra as coisas).
  • – Pode ter má postura.
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  • Dificuldades nas competências motoras finas (mãos e dedos):

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  • – Dificuldade com tarefas de lápis (por exemplo, segurar e usar um lápis para escrever à mão).
  • – Dificuldade nas atividades de autocuidado como usar talheres, amarrar os cordões dos sapatos dos sapatos, escovar os dentes, usar tesouras e fechar fechos de correr (zip) ou botões. 
  • – Dificuldades de perceção.
  • – Dificuldades de perceção visual que resultam em dificuldades na fluência de leitura, cópia e escrita.
  • – Dificuldades de perceção auditiva que resultam em não ser capaz de seguir um conjunto de instruções orais ou ser facilmente distraída por sons de fundo. 
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  • Dificuldades de perceção:

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  • – Fraca consciência espacial demonstrando confusão entre esquerda/direita, atrás/frente, b/d, p/q.
  • – Dificuldades de perceção visual que resultam em dificuldades na fluência de leitura, cópia e escrita.
  • – Dificuldades de perceção auditiva que resultam em não ser capaz de seguir um conjunto de instruções orais ou ser facilmente distraída por sons de fundo.
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  • Dificuldades de linguagem:

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  • – Demora para responder a uma pergunta, mesmo que saiba a resposta.
  • – A fala pode ser lenta e difícil.
  • – Poucas competências de linguagem expressiva (ou seja, dificuldade em organizar pensamentos e linguagem para se expressar).
  • – Os sons da fala muitas vezes não são claramente articulados e a criança pode parecer ter dificuldade em descobrir como dizer certos sons específicos (ou seja, a boca parece estar a tentar encontrar o som correto).
  • – Às vezes, as palavras são articuladas de forma diferente cada vez que a criança tenta dizer essa mesma palavra.
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  • Dificuldades de organização:

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  • – Frequentemente, perde/esquece-se das coisas.
  • – Dificuldade em lembrar-se de sequências (por exemplo, meses do ano) pela ordem correta. Dificuldade em seguir um conjunto de instruções (pode parecer que não está a ouvir).
  • – Dificuldade nas rotinas de aprendizagem.
  • – Dificuldade em juntar as etapas de uma atividade (por exemplo, pista de obstáculos).
  • – Parece preguiçosa e não colaborante (quando na verdade pode não saber como iniciar a tarefa).
  • – Dificuldade em organizar as coisas na escola (por exemplo, pegar no lápis, papel, cola e o livro certo para uma atividade na sala de aula; conseguir todo o equipamento necessário para um jogo ao ar livre).
  • – Dificuldade em se preparar a tempo.
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  • Dificuldades emocionais/sociais:

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  • – Baixa autoestima e confiança, muitas vezes resultando em frustração e ansiedade.
  • – Pouca consciência de como agir em ambientes sociais com outras pessoas.
  • – Não se encaixa no seu grupo de pares.
  • – Não capta a comunicação não verbal (por exemplo, expressões faciais, gestos, linguagem corporal) das outras pessoas.
  • – Distrai-se facilmente ou mostra pouca atenção numa tarefa.
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  • Dificuldades comuns frequentemente experienciadas (mas nem sempre) pela criança com dispraxia:

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  • – Pode ter falta de interesse/motivação em atividades físicas ou ser difícil de se envolver em atividades específicas que consideram difíceis ou nas quais fracassaram.
  • – Pode evitar socializar com colegas ou não ser incluído pelos colegas nos jogos físicos (por exemplo, no recreio por medo de falhar ou experiência com falhas repetidas).
  • – Fica facilmente frustrada ao completar tarefas.
  • – Facilmente distraída.
  • – Autoestima reduzida.
  • – Ansiedade quando solicitada a participar em atividades difíceis.
  • – Tende a procurar crianças mais novas para brincar, pois as suas competências são de nível semelhante e elas sentem-se mais confiantes ao brincar com elas.
  • – Pode reclamar que “isto é muito difícil” ou “eu não consigo fazer isto” quando são apresentadas atividades motoras.
  • – Pode ser resistente a mudanças, isto porque as mudanças apresentam novas situações/tarefas que requerem novo planeamento e aprendizagem.
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