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Processo TO - 23 de Julho, 2022

#112 |Artigo| Relação entre Linguagem e Ideação em Crianças

  • Citação
  • Teresa A. May-Benson, Sarah Friel; The Relationship Between Narrative Language Skills and Ideational Praxis in ChildrenAm J Occup Ther July 2017, Vol. 71(4_Supplement_1), 7111505135p1. doi: https://doi.org/10.5014/ajot.2017.71S1-PO5036
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  • Resumo
  • OBJECTIVO: Crianças com dispraxia demonstram frequentemente dificuldades linguísticas, e as perspectivas actuais de cognição corporificada apoiam a ideia de que existe um factor subjacente tanto à linguagem como às funções motoras (Garbarini & Adenzato, 2004). As crianças com dificuldades em gerar, organizar e planear acções motoras podem também ter dificuldades em gerar, organizar e planear funções linguísticas. A dificuldade em gerar e conceptualizar ideias para acções motoras é referida como dispraxia ideacional, e propõe-se que as dificuldades nesta área possam estar relacionadas com dificuldades em gerar e produzir linguagem narrativa. Esta é uma área de práxis que ainda não foi examinada.
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  • DESIGN: Este estudo exploratório de análise secundária de dados existentes não-identificados examinou a seguinte questão de investigação: “Qual é a relação entre praxis ideacional, a evocação narrativa e as funções da linguagem em crianças com dispraxia motora, aquelas com dispraxia ideacional, e os seus pares típicos?”
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  • Participaram no estudo 66 crianças entre os 5 anos, 0 meses aos 8 anos, 11 meses (41 rapazes, 25 raparigas), dos quais 24 eram crianças com desenvolvimento típico, 21 tinham dispraxia motora, 21 tinham dispraxia ideacional.
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  • MÉTODO: O teste Test of Ideational Praxis (TIP; May-Benson, 2005) foi usado para medir a praxis ideacional; foi pedido às crianças que mostrassem ao examinador como fazer o maior número possível de coisas com um objecto específico. O subteste de Memória Narrativa do Developmental Neuropsychological Assessment (NEPSY; Brooks, Sherman, & Strauss, 2009) foi gravado na altura da administração e transcrito literalmente para o Systematic Analysis of Language Transcript (SALT; Miller & Iglesias, 2012), foi usado para medir a evocação narrativa livre; nele, o avaliador pediu às crianças que recontassem uma história narrada. SALT gerou 30 resultados linguísticos de macro e microestrutura registados numa base de dados não-identificados com o TIP e outros testes linguísticos concluídos durante o estudo original. Os dados foram analisados utilizando correlações de Pearson e análise de variância unidireccional (ANOVA).
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  • RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças significativas entre os três grupos em qualquer função linguística utilizando ANOVA unidireccional. Os pares típicos não mostraram relações significativas entre o TIP e a Memória Narrativa ou pontuação linguística. As crianças com dispraxia mostraram correlações significativas médias a grandes (r = .48 a .57) entre o TIP e oito funções linguísticas (por exemplo, comprimento médio de expressão, número de palavras diferentes, expressões com labirintos). As crianças com dispraxia ideacional tinham relações significativas entre o TIP e a evocação livre (r = .59, p = .005) e a evocação induzida (r = -.55, p = .010) na Memória Narrativa. Foram encontradas correlações significativas moderadas a grandes (r = .47 a .73) entre o TIP e 18 funções linguísticas (por exemplo, número total de afirmações; número de diferentes palavras, determinantes, substantivos, verbos).
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  • CONCLUSÃO: As capacidades de ideação nas crianças com dispraxia estão mais relacionadas com a capacidade de organizar e sequenciar eficazmente a linguagem; o aumento das pausas e a menor utilização de determinantes e substantivos foram associados a capacidades de ideação mais pobres. Em crianças com problemas de ideação, capacidades de ideação mais pobres surgiram associadas a maiores dificuldades de evocação livre dos detalhes de uma história, mais estímulos necessários para recordar detalhes, menos uso da linguagem, menos palavras e mais curtas, e menos componentes de linguagem (por exemplo, substantivos, verbos, adjectivos, pronomes pessoais).
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  • Implicações para a prática 
  • Os resultados informam-nos sobre a compreensão da ideação na práxis e apoiam os relatórios clínicos dos terapeutas de que as crianças com dificuldades de ideação usam menos linguagem. Os resultados preliminares podem ajudar na identificação de mecanismos subjacentes a problemas de ideação e informar o desenvolvimento de intervenções para problemas de ideação. Além disso, as crianças com dispraxia, particularmente aquelas com problemas de ideação, podem pontuar dentro da média nos testes de linguagem expressiva, mas podem demonstrar dificuldades definitivas nas funções da linguagem que possam ter de ser abordadas.
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