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Processo TO - 16 de Maio, 2022

#70 |Artigo| Modificação do teste PRN para aplicação em crianças mais novas

  • Citação: Mailloux, Z., Leāo, M., Becerra, T. A., Mori, A. B., Soechting, E., Roley, S. S., . . . Cermak, S. A. (2014). Modification of the postrotary nystagmus test for evaluating young children. American Journal of Occupational Therapy, 68, 514–521. http://dx.doi.org/10.5014/ajot.2014.011031 
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  • Resumo:

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  • Este artigo explora o uso do teste de nistagmo pós-rotatório (PRN) para crianças mais novas do que as normas atuais (crianças de 4,0 a 8,11 anos).
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  • No primeiro estudo, 37 crianças com idades entre 4 e 9 anos foram avaliadas na posição de teste padrão e numa posição adaptada no colo de um adulto para determinar se segurar uma criança afetava o reflexo vestíbulo-ocular.
    Como segurar a criança no colo não afetou o reflexo, no segundo estudo, aplicou-se o teste PRN em 44 crianças de 2 a 47 meses e compararam-se os resultados com as pontuações brutas médias normativas publicadas para 44 crianças de 5 anos para determinar se as normas para crianças mais velhas eram aplicáveis a crianças mais novas.
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  • Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre as crianças <4 anos e as que tinham 5 anos, sugerindo que o teste PRN pode ser usado em bebés e crianças pequenas com comparação válida com as normas atuais para crianças de 4 anos na SIPT (4,0 anos–8,11 anos). São recomendados estudos futuros explorando o valor preditivo dessa medida.
  • Principais Resultados: 

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  • – Questão de Investigação 1

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  • Primeiro, foi necessário determinar se segurar uma criança na posição afetaria a resposta do PRN. Concluiu-se que não havia uma alteração significativa na resposta PRN ao segurar a criança. Foi então avaliado se era viável segurar bebés e crianças pequenas para observar o reflexo PRN. Adultos sentados numa cadeira de escritório não conseguiam segurar as crianças de forma estável, pois a flexão reduzida dos quadris resultava numa base menos definida para segurar as crianças e manter as suas cabeças em flexão. Assim, foi determinado que a prancha rotativa era a melhor opção.
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  • Alguns pais e cuidadores tiveram dificuldade em tolerar o movimento rotatório, mas aproximadamente 30% conseguiram. Como solução alternativa, terapeutas, outros adultos ou irmãos mais velhos podiam segurar a criança. Apenas algumas crianças choraram enquanto eram posicionadas na prancha, mas a maioria parou de chorar quando a rotação começou. Os adultos conseguiram segurar as crianças e levantar as suas cabeças para observar o reflexo, o que demonstrou a viabilidade do método.
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  • – Questão de Investigação 2

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  • Havia uma preocupação inicial sobre se os pais e cuidadores entenderiam a utilidade do teste PRN e a sua relevância para o desenvolvimento da criança. No entanto, os pais conseguiram fazer comparações fáceis entre a explicação do sistema vestibular e o comportamento diário das crianças. Comentários como “Sim, ele realmente gosta de movimento” foram comuns. Todos os pais expressaram estar confortáveis com o procedimento, que levou menos de um minuto, e sentiram que era seguro para os seus filhos, mesmo quando algumas crianças choraram ao serem posicionadas. As crianças toleraram o teste sem efeitos adversos como vómitos, náuseas ou mudança no estado de alerta. A hesitação inicial das crianças em serem seguradas por um administrador do teste em vez dos seus cuidadores desapareceu quando a rotação começou, e na maioria dos casos, as crianças gostaram do movimento. O procedimento foi, portanto, aceitável para pais e crianças pequenas.
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  • – Questão Investigação 3

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  • Não foram encontradas diferenças significativas na duração do PRN entre bebés e crianças pequenas comparadas com as normas SCPNT (Southern California Postrotary Nystagmus Tests) para meninos ou meninas (p 0.78 para PRN anti-horário; p 0.38 para PRN horário; p 0.52 para PRN combinado). Também não houve diferenças significativas na duração do PRN entre meninos e meninas dentro da amostra estudada. No entanto, encontrou-se uma correlação baixa mas significativa entre a idade da criança em meses e a duração combinada do PRN, indicando que para cada mês de aumento na idade (entre 2 e 47 meses), a duração combinada do PRN diminuía aproximadamente 0.14 segundos. Foram encontradas diferenças significativas entre o grupo etário ≤17 meses e o grupo 18-47 meses (p 0.03). Quando esses dois grupos etários foram separados, as correlações enfraqueceram e a relação linear entre a idade da criança e a duração do PRN quase desapareceu. Estudos maiores são necessários para confirmar esta descoberta.
  • Implicações para a prática:

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  • A avaliação precoce é muito importante para ajudar as crianças desde cedo. Para os terapeutas ocupacionais que trabalham com crianças pequenas e as suas famílias, é essencial ter ferramentas confiáveis e válidas. O teste PRN é uma ferramenta simples, rápida e barata que tem sido usada por quase 40 anos para avaliar uma parte importante do equilíbrio das crianças. No entanto, adaptar esse teste para crianças mais novas sempre foi um desafio.
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  • Os resultados deste projeto sugerem as seguintes implicações para a prática da terapia ocupacional:
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  •  – O teste PRN pode ser feito segurando a criança no colo de um adulto, o que é útil para testar crianças pequenas ou aquelas que não conseguem sentar-se sozinhas.
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  •  – O teste PRN pode ser usado apropriadamente com crianças menores de 4 anos (comparando com as normas atuais de 4 anos) como parte de outras avaliações de desenvolvimento e integração sensorial.
  • Limitações do Estudo:

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  • As limitações identificadas pelos autores no estudo sobre a adaptação do teste de nistagmo pós-rotatório (PRN) para avaliar crianças pequenas são as seguintes:
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  • – Tamanho da amostra: O estudo teve uma amostra relativamente pequena, especialmente na comparação de diferentes faixas etárias dentro do grupo de crianças pequenas. Isso limita a generalização dos resultados e sugere a necessidade de estudos maiores para confirmar os achados.
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  • – Normas de comparação: Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas entre crianças menores de 4 anos e as normas estabelecidas para crianças de 5 anos, a ausência de dados normativos específicos para crianças menores de 4 anos é uma limitação. A comparação com normas de crianças mais velhas pode não refletir perfeitamente as capacidades das crianças mais novas.
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  • – Validade preditiva e discriminatória: A validade do teste PRN para prever o desenvolvimento futuro e para discriminar entre desenvolvimento típico e atípico em crianças pequenas precisa de mais investigação. São necessários estudos futuros para determinar se o teste pode ser usado de forma eficaz para esses fins.
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  • – Resultados variáveis com a idade: O estudo encontrou algumas evidências de que a duração do PRN diminui com a idade em crianças de 2 a 47 meses, mas a relação não foi forte. Isso indica a necessidade de mais investigações para entender melhor como é que a idade afeta os resultados do PRN e para estabelecer normas claras para diferentes faixas etárias.
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  • – Interpretação de resultados extremos: Tanto a duração curta quanto prolongada do PRN foram associadas a problemas de integração sensorial em crianças mais velhas, mas a interpretação desses achados em crianças mais novas requer mais estudos. É necessário explorar se padrões semelhantes podem ser identificados em idades mais precoces.
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  • Keywords

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  • Early diagnosis; Motor skills disorders; Nystagmus, physiologic; Sensation disorders; Vestibular function tests
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  • Língua

  • Inglês

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