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AVDs - 10 de Abril, 2024

#15 |ARTIGO| Higiene oral e hiper-responsividade sensorial em crianças com autismo

  • Artigo: Higiene oral e hiper-responsividade sensorial em crianças com autismo
 
  • Citação
  • Stein, L. I., Polido, J. C., & Cermak, S. A. (2013). Oral care and sensory over-responsivity in children with autism spectrum disorders. Pediatric dentistry, 35(3), 230–235.
  • Resumo

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  • Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre sensibilidades sensoriais e dificuldades de higiene oral em crianças com autismo ou desenvolvimento típico( DT).
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  • O estudo contou com 396 pais de crianças de 2 a 18 anos com autismo ou DT que responderam a um questionário sobre higiene oral em casa e no consultório do dentista. Os autores realizaram análises descritivas e bivariadas para examinar a associação entre sensibilidades sensoriais e higiene oral.
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  • Os resultados suportaram as hipóteses iniciais: 

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  • (1) foi encontrada uma prevalência significativamente maior de hiper-responsividade sensorial em todos os domínios sensoriais em crianças com autismo;
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  • (2) crianças com autismo e caracterizadas sensorialmente como “hiper-responsivas” exibiram uma prevalência significativamente maior de dificuldade de higiene oral em casa e no consultório odontológico em comparação com crianças com autismo que responderam de forma mais comum a estímulos sensoriais (“nāo hiper-responsivas”).
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  • Este estudo fornece mais evidência para o impacto de problemas de processamento sensorial na higiene oral, tanto em casa quanto no consultório odontológico. Os métodos para melhor atender crianças com autismo podem incluir estratégias que alteram as características sensoriais do ambiente odontológico, bem como intervenções para reduzir a forma como as crianças respondem a estímulos sensoriais. 
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  • Implicações para a prática

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  • Crianças com autismo sāo significativamente mais propensas a serem hiper-responsivas a estímulos sensoriais encontrados nas suas vidas diárias, em comparação com crianças com desenvolvimento típico.
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  • Crianças com autismo que apresentam hiper-responsividade sensorial têm maior probabilidade de ter problemas de participação em AVDs como lavar os dentes (mais do que crianças com autismo sem hiper-responsividade) o que poderá justificar um olhar mais atento por parte dos terapeutas em avaliar a participação da criança e a fornecer estratégias para o contexto;
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  • Da mesma forma, crianças com autismo, com hiper-responsividade, apresentam comportamentos mais desajustados em consultórios de dentistas (comparando com crianças com autismo sem hiper-responsividade).
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  • Deste modo, é importante que nós, TOs, tenhamos um papel ativo a educar dentistas para as necessidades sensoriais (para alem do autismo) e consigamos providenciar-lhes estratégias práticas e ate acomodações no consultório para melhor receber crianças com esse perfil. 
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  • Este estudo mostra que, apesar de haver outros fatores, as questões relacionadas com processamento sensorial deverão ser tidas em consideração na intervenção nas AVDs (escovar os dentes) e uso de serviços na comunidade. 

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