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Educação - 6 de Maio, 2025

#377 |Artigo| Eficácia das Intervenções de Terapia Ocupacional Baseadas nas Competências escolares em Crianças com Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) e Perturbação do Espectro do Autismo (PEA): Revisão Sistemática

Eficácia das Intervenções de Terapia Ocupacional Baseadas nas Competências escolares em Crianças com Perturbação de Hiperatividade com Défice de Atenção (PHDA) e Perturbação do Espectro do Autismo (PEA): Revisão Sistemática

  • Citação: Watroba, A., Luttinen, J., Lappalainen, P., Tolonen, J., & Ruotsalainen, H. (2024). Effectiveness of School-Based Occupational Therapy Interventions on School Skills and Abilities Among Children with Attention Deficit Hyperactivity and Autism Spectrum Disorders: Systematic Review.Journal of Occupational Therapy, Schools, & Early Intervention, 17(3), 671–703. https://doi.org/10.1080/19411243.2023.2224793
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  • Resumo

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  • Esta revisão sistemática investigou a eficácia das intervenções de Terapia Ocupacional (TO) em contexto escolar em crianças com Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) e Perturbação do Espectro do Autismo (PEA). Foram analisados 27 estudos, abrangendo diferentes estratégias terapêuticas, incluindo treino de competências motoras, autorregulação emocional e apoio funcional para atividades escolares. Os resultados demonstram que as intervenções baseadas na escola melhoraram significativamente as competências motoras finas, a atenção, a socialização e o desempenho geral em tarefas escolares. Apesar de limitações metodológicas, o estudo reforça a importância de práticas centradas na criança, envolvendo uma abordagem interdisciplinar e adaptativa.
  • Principais Resultados

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  • Os resultados desta revisão destacam a eficácia de intervenções de TO na escola para crianças com PHDA e PEA. As intervenções analisadas demonstraram eficácia em três áreas principais: competências motoras, autorregulação emocional e apoio funcional:
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  • – Treino de competências motoras: As intervenções focadas na melhoria da coordenação motora fina tiveram resultados positivos significativos, particularmente em tarefas académicas como a escrita e o desenho.
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  • – Intervenções de autorregulação emocional: Contribuíram para uma melhor gestão de emoções nos alunos, criando um ambiente de sala de aula mais calmo e equilibrado, o que permitiu maior concentração e participação nas atividades escolares.
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  • – Apoio funcional: As estratégias terapêuticas visaram promover a independência dos alunos em atividades escolares diárias, facilitando a sua inclusão e participação plena no ambiente escolar.
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  • As abordagens interdisciplinares foram igualmente identificadas como cruciais para maximizar o impacto das intervenções, permitindo estratégias personalizadas e adaptadas às necessidades de cada aluno.
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  • Implicações para a prática

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  • As conclusões desta revisão sistemática apresentam implicações significativas para a prática da Terapia Ocupacional em contextos escolares, destacando estratégias que podem melhorar a qualidade e a eficácia das intervenções:
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  • – Personalização das intervenções: As intervenções devem ser adaptadas às necessidades específicas de cada criança, considerando os seus desafios individuais, como dificuldades motoras ou de autorregulação emocional.
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  • – Integração interdisciplinar: A colaboração entre terapeutas ocupacionais, professores, assistentes educativos e outros profissionais é crucial para alinhar as intervenções com os objetivos educativos. Reuniões regulares e partilha de estratégias podem facilitar a implementação de abordagens consistentes no dia a dia escolar.
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  • Foco em competências funcionais: Priorizar o desenvolvimento de competências funcionais relevantes para o ambiente escolar, como o uso eficaz de ferramentas de escrita, a permanência em tarefas e a participação em atividades de grupo, para melhorar a inclusão social e académica.
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  • Apoio à autorregulação emocional: As estratégias terapêuticas devem incluir técnicas para ajudar os alunos a identificar e gerir as suas emoções, reduzindo comportamentos disruptivos e promovendo um ambiente de aprendizagem positivo.
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  • – Uso de evidências para planeamento: A prática baseada em evidências deve orientar o planeamento e a avaliação das intervenções. Ferramentas de avaliação padronizadas e feedback frequente de professores e familiares podem ajudar a monitorizar o progresso e ajustar as estratégias.
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  • – Formação e sensibilização: Capacitar professores e auxiliares sobre o papel da TO na escola é fundamental para promover um entendimento claro dos objetivos terapêuticos e para incentivar a participação ativa dos profissionais no apoio aos alunos.
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  • Limitações

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  • Os autores identificam as seguintes limitações no estudo:
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  • – Heterogeneidade dos estudos incluídos: Métodos e populações variaram consideravelmente, dificultando a generalização dos resultados.
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  • – Qualidade metodológica: Alguns estudos apresentaram falhas na descrição detalhada das intervenções e nas ferramentas de avaliação.
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  • – Foco limitado: A maioria dos estudos incluiu crianças em idade escolar primária, com menos atenção a outros grupos etários.
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  • – Tempo limitado de intervenção: Estudos de curta duração dificultam a análise de impactos a longo prazo.
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  • Palavras-chave

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  • Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção; Perturbação do Espectro do Autismo; Terapia Ocupacional; Terapia ocupacional em meio escolar; Revisão sistemática
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  • Língua

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  • Inglês

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