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– Nível I: Crianças que conseguem caminhar sem limitações. Estas crianças podem realizar atividades de corrida e salto, mas a velocidade, equilíbrio e coordenação podem ser reduzidos.

 

– Nível II: Crianças que conseguem caminhar em ambientes internos e externos, mas com limitações. Elas podem precisar de apoio para caminhar longas distâncias e podem ter dificuldades em manter o equilíbrio em terrenos irregulares ou em ambientes congestionados.

 

– Nível III: Crianças que precisam de dispositivos de mobilidade assistida, como andadores ou cadeiras de rodas manuais, para se locomover. Elas podem caminhar com o auxílio de dispositivos de suporte em ambientes internos, mas preferem usar cadeiras de rodas para longas distâncias.

 

– Nível IV: Crianças que têm mobilidade limitada, necessitando de cadeiras de rodas para se locomover. Elas podem ter alguma capacidade de caminhar com auxílio em curtas distâncias ou podem usar dispositivos de assistência para se mover em casa.

 

– Nível V: Crianças que apresentam limitações severas na mobilidade e posturas. Elas dependem completamente de cadeiras de rodas motorizadas e de assistência para todas as atividades de mobilidade.

Para terapeutas ocupacionais, o GMFCS é uma ferramenta crucial que permite:

– Planeamento de intervenção Personalizada: Com a classificação precisa do GMFCS, os terapeutas podem desenvolver planos de intervenção que atendam especificamente às necessidades e capacidades de cada criança. Isso permite a implementação de intervenções mais eficazes que promovem a autonomia e a qualidade de vida.

– Avaliação do Progresso: Utilizar o GMFCS facilita a avaliação contínua do progresso da criança. Ao compreender o nível inicial e monitorar as mudanças, os terapeutas podem ajustar as intervenções conforme necessário e fornecer feedback valioso aos cuidadores e outros membros da equipe multidisciplinar.

– Orientação aos Cuidadores: A comunicação clara sobre o nível de GMFCS de uma criança ajuda os cuidadores a entenderem melhor as capacidades de movimento de seus filhos. Isso é fundamental para estabelecer expectativas realistas e criar um ambiente doméstico seguro e de apoio, que encoraje o desenvolvimento motor.

– Colaboração Multidisciplinar: O uso do GMFCS promove a colaboração entre diferentes profissionais de saúde, como fisioterapeutas, médicos, e terapeutas ocupacionais, garantindo que todos estejam alinhados quanto aos objetivos e estratégias de intervenção.

 

Para cada nível do GMFCS, as estratégias de intervenção variam:

– Nível I: Foco em atividades que aprimoram a força, coordenação e equilíbrio. Jogos e exercícios que incentivam a corrida e o salto podem ser benéficos.

– Nível II: Utilização de atividades que melhoram a resistência e o equilíbrio em superfícies variadas. Treino de marcha com dispositivos auxiliares, quando necessário.

– Nível III: Envolvimento em atividades de fortalecimento e mobilidade, com a introdução de andadores e outras ajudas para mobilidade. Ensinar técnicas de transferências seguras.

– Nível IV: Trabalhar com equipamentos de apoio para mobilidade, como cadeiras de rodas manuais ou motorizadas. Desenvolver competências de vida diária adaptadas às limitações físicas.

– Nível V: Foco em posicionamento adequado, conforto e prevenção de deformidades. Uso de tecnologia assistiva e adaptação do ambiente para facilitar a participação em atividades quotidianas.